Capítulo 7 – “Uma doce manhã”
Livro 2 – Jane
Mudar de país e vir para uma cidade nova, onde não se conhece ninguém e não se percebe nada do que as pessoas dizem não é uma tarefa fácil. Na verdade, é uma das piores coisas que pode acontecer a uma pessoa. Ter de deixar os amigos e a família para trás e mudar completamente o seu estilo de vida…é uma coisa complicada.
Estava no parque, sentada na relva macia, com o meu cão. Mandei a bola dele para ele a ir buscar, mas estava tão chateada comigo própria que nem reparei para onde mandei a bola. Resultado: foi parar a cima de uma árvore, ficando presa entre dois ramos. O meu cão não parava de ladrar e eu começava a ficar irritada, até gritei para ele se calar, mas não me adiantou de nada. Comecei a pensar como iria tirar a bola dali para calar o cão e ir para casa. Parece que alguém tinha pensado no mesmo, porque, num certo momento vejo uma bola de futebol ir com toda a força contra a árvore, fazendo a bola cair, para o agrado do meu cão, que foi logo buscá-la.
Virei-me para trás para ver quem tinha sido o autor daquele remate tão potente, mas ao mesmo tempo muito elegante. Deparei-me com um rapaz charmoso, com uns cabelos loiros compridos e uns olhos azuis que brilhavam com a luz do sol radiante. Fiquei perplexa. O rapaz era tão lindo, que não consegui proferir uma única palavra.
- Estás bem – disse o belo rapaz.
- Sim, estou.
- Como te chamas? – continuava perplexa com a sua beleza.
- O meu nome é Jane. E tu?
- Eu sou o Pierre – mais uma vez, surpreendeu-me. Será que era o famoso Pierre, capitão da equipa juvenil de futebol de França?
Com um pouco de vergonha, disse: podias ajudar-me? Sou nova aqui e estou um pouco perdida.
Pierre: Claro. Vamos, eu ajudo-te a encontrar o caminho para casa. Mas antes, tenho de ir buscar o meu animal de estimação.
- Que tipo de animal é? – perguntei.
Pierre: Vais saber quando o vires – os seus olhos azuis brilhavam cada vez mais.
Pierre deu uma pequena corrida, sempre com a bola nos pés. 10 minutos depois, vinha montado num lindo cavalo branco.
Pierre: Jane, este é o Sean, o meu cavalo.
Eu: É um cavalo muito bonito.
Pierre: Pois é. É um dos melhores de Paris.
Eu: Pois…eu não percebo nada de cavalos.
Estendeu-me a mão e perguntou-me: vens?
- Nunca andei de cavalo na minha vida.
Pierre: Há sempre uma primeira vez para tudo.
Montei um cavalo pela 1ª vez na minha vida. Foi uma sensação fantástica.
Quando cheguei a casa montada num cavalo com um rapaz, o meu pai, que estava a olhar à janela, fez logo uma cara de caso, como quem diz “depois a gente fala”. Mas a minha mãe, que sempre me deu razão e sempre me protegeu dos disparates do meu pai, aconchegou-o logo, dizendo: porque te preocupas? Ela não está a fazer nada de mal! Está apenas num cavalo com…com um rapaz. Isso significa que ela é sociável. Deixa-a. Sabes que a nossa filha é muito responsável e sabe o que deve e não deve fazer.
Mesmo com alguma dificuldade, o meu pai acabou por aceitar o facto de o meu primeiro amigo ser um rapaz, e justamente AQUELE rapaz. Era um começo de amizades. Ele tinha de aceitar.
Quando entrei em casa, o meu pai lançou-me aquele olhar, mas rapidamente “mudou de cara” e perguntou-me: queres uma fatia de bolo de amoras? A tua mãe acabou de fazer um, e devo-te dizer que está fabuloso, como sempre. Por isso, apressa-te se o queres provar – assim que proferiu aquelas palavras, num impulso, eu e o meu pai começa-mos a correr em direcção à cozinha. Como ele ia à frente, pois tinha começado a correr mais perto da cozinha, ele chegou primeiro – batoteiro – disse eu.
Naquele momento, o belo rapaz que conhecera esta tarde não me saía da cabeça. Mas tinha coisas mais giras para fazer: era noite de cinema!
Há noite, houve a típica discussão entre mim, o meu irmão mais novo (Zeca) e o meu pai, para decidir o filme que iríamos ver. Como sempre, acabou por ser a minha mãe a decidir o filme. “Mulherzinhas” é o título do filme. Eu até não me importei com a sua escolha, mas o meu pai e o meu irmão não gostaram muito da ideia. Logo no início do filme, o meu pai adormeceu e o meu irmão estava com uma cara de enjoado.
Normalmente, a minha mãe não deixa ninguém faltar á sessão de cinema à terça à noite. Quando alguém falta, tem de ter uma boa justificação, ou a minha mãe fica fula. Por exemplo: essa do meu irmão estar enjoado porque comeu demais ao jantar – ele já a usou tantas vezes que a minha mãe já está habituada, e deixou de se importar se o meu irmão ou o meu pai estão presentes. Mesmo eu. Ela já não se importa. Se estão, estão. Se não estão, paciência! Ela quer é ver o filme.
No dia seguinte, acordei com a minha mãe aos gritos com o meu irmão: porque não foste levar o lixo fora como eu te pedi ONTEM?! Agora tenho o caixote cheio!
Zeca: Não tenho culpa! Eu pedi à Jane que o fizesse, porque tinha uma coisa para fazer, e ela não fez!
Já me tinha levantado e comecei a gritar do cimo das escadas: ei, eu nunca disse que sim! Só disse “sim” porque estava a falar ao telefone com a Cristina, e respondi “sim” a uma pergunta que ela me fez! Além disso, a responsabilidade é tua! Tu já fazes pouco e queres ficar sem fazer nada?! Era só o que me faltava! – e voltei para o meu quarto irritada. Da próxima vez que estiver ao telefone, tenho de me lembrar de ficar bem longe do meu irmão.
Estava para me deitar, outra vez, quando me lembrei de que tinha combinado ir ter com o Pierre ao pé da Torre Eiffel. Estava tão atrasada! Coitado, tinha combinado uma coisa comigo, e eu estava tão emocionada quando marca-mos o encontro, e agora estava a levar uma tampa! Não era uma tampa, eu apenas me tinha esquecido do encontro da minha vida! Por isso…era praticamente uma tampa.
Cheguei ao pé da Torre Eiffel vermelha que nem um tomate, pois tinha corrido muito. Quando cheguei, lá estava ele, com os seus cabelos loiros ao vento e os seus olhos azul-turquesa que me fixaram de novo, fiquei presa no seu olhar. Aqueles olhos matavam-me! Só de olhar para mim, ele fazia com que a minha temperatura aumentasse freneticamente. Senti o sangue aflorar-se rapidamente nas minhas bochechas. Tinha-me rendido à sua beleza. Estava completamente paralisada, olhando a sua postura elegante e precisa. A maneira com que ele se mantinha calmo mas forte ao mesmo tempo dava cabo de mim. E os seus movimentos…sempre que ele me olhava, parecia que eu ia explodir, como o magma de um vulcão. Completamente vulcânica!
- Desculpa o atraso – disse, envergonhada.
Pierre: Não estás muito atrasada. Apenas 5 minutos.
- Pois, mas mesmo assim estou atrasada. Não sou desse tipo de pessoa, que se atrasa por tudo e por nada, mas é que eu estive a discutir com o meu ir… - ele colocou o seu dedo sobre a minha boca – shiu, não digas nada. Não tens de te justificar. Foi um pequeno atraso, mais nada. Vamos aproveitar o momento – e abraçou-me. Nesse momento, eu já não tinha forças, a minha energia tinha-se esgotado, eu já não conseguia resistir. Foi então que aconteceu: virei-me de frente para ele e beijei-o. Os seus doces e carnudos lábios, mas ao mesmo tempo agressivos, ao tocarem nos meus…o momento que eu tanto esperava desde que tinha chegado a Paris.
Arranjei forças para me separar dele e desatei a correr – desculpa, eu nunca devia ter feito isto, sou uma parva! – disse.
Pierre: Mas, Jane…espera…não vás…eu preciso de ti – palavras que ele proferiu mas que eu não cheguei a ouvir.
Olá!Vai ao meu blog e pega o selo de amizade que eu tenho para ti,e mais uma coisinha:Eu amei a fanfiction^.^
ResponderEliminarVai ao meu blog tem la um selo da amizade
ResponderEliminarBjito
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