23 FEVEREIRO 2011
#4YearsOfMyAnimesDiary

terça-feira, 5 de julho de 2011

"todos juntos" - 10º

Capítulo 10 – “De volta ao Japão: a pior coisa que me podia ter acontecido”
Livro 2 – Jane
Assim que entrei em casa, sabia que iria ficar de castigo para o resto da minha vida, mas não me importava. Só aqueles 15 minutos que passei com ele em solo Francês, valiam a pena todos os castigos do mundo. Finalmente tinha encontrado o amor da minha vida!
Quando inseri a chave na ranhura da porta, já ouvia o meu pai a dar um sermão ao meu irmão: por causa dela, e por causa de a teres apoiado, estão proibidos de sair de casa!
Quando ouvi aquelas palavras vindas do meu pai, retirei logo a chave e comecei a fugir. 15 dias presa em casa sem poder sair? Era demais para mim! Não podia ver a minha melhor amiga, nem estar com um dos meus melhores amigos: o meu primo Joka.
O meu primo Joka é um rapaz baixo, louro de olhos esverdeados. Costuma andar com corsários e t-shirts compridas. Depois, com as suas adoradas sapatilhas “Adiddas”. Era um rapaz muito engraçado e simpático. Pena era ele viver no Japão…só o podia ver uma vez por ano, quando eu vinha ao Japão. Por vezes via duas, pois eu vinha ao Japão e ele e a família iam a Paris.
Parei de correr. Estava cansada. As minhas faces estavam rosadas de um vermelho ofegante, como se estivesse prestes a explodir de raiva. Raiva…coisa que eu sentia neste momento. Raiva do meu pai, da minha mãe, do meu irmão…e sobretudo do Phillip. Não sei porquê mas era dele que eu sentia mais raiva. Se calhar ainda gostava dele. Dizem que, quando mais gostamos de uma pessoa, mais a odiamos. Mas espero que não seja isso…
Quando dei por mim estava parada em frente ao campo de futebol onde o Phillip e os amigos estavam a jogar. Lá estavam o Oliver, o Benji, o Bruce, o Carter, o Paul e o Alan. Estavam todos a praticar bastante para o campeonato.
Estava cansada e um pouco tonta. Não me sentia bem. Tinha uma vontade enorme de vomitar mas ao mesmo tempo de comer. Eu estava a sentir-me bastante estranha.
Comecei a cambalear para o campo. Ora andava, ora parava. O Bruce até me perguntou: Jane, está tudo bem contigo? – eu disse que sim, mas, como era óbvio, eu estava bastante mal. Estava quase a chegar ao pé do campo quando desmaiei – Jane! – gritaram todos, que começaram a correr para me socorrerem.
Oliver: Alan, Carter, Paul, vão buscar ajuda!
Paul: Ok!
Benji: Depressa! – os três começaram a correr em direcção a um café, para pedirem ajuda.
O Phillip estava bastante preocupado. Parecia que se tratava da sua namorada que estava caída no chão e não da sua ex-amada.
A Bia chegou ao campo e viu todos ajoelhados no chão – que foi, estão a rezar? – perguntou com um tom de ironia na voz.
Quando percebeu que eles estavam todos a rodearem-me e que eu estava desmaiada, ela gritou: Oh meu deus! Jane!
Chegou-se ao pé de mim, ajoelhou-se e perguntou: que se passou? Porque está ela desmaiada?
Bruce: Sabemos lá! Ela chegou aqui ao campo a cambalear e depois desmaiou!
De repente, ouvimos o Carter a gritar: saiam da frente! Vem aí a ambulância!
Já estava no hospital quando comecei a abrir os olhos. Consegui perceber que o médico perguntava á Bia se tinha o número dos meus pais, ao que ela respondeu afirmativamente.
Estava preocupada: o que iam os meus pais fazer quando soubessem disto?
Diálogo 1 – Médico/ pais de Jane
Médico: Estou sim?
Pai: Sim? Quem fala?
Médico: Daqui fala do Hospital. O senhor é o pai da Jane?
Pai: Sim, sou. Porquê?
Médico: Preciso que se dirija imediatamente aqui ao Hospital.
Pai: Porquê, o que se passou? Está a deixar-me preocupado! Foi alguma coisa com a minha filha?
Médico: Sim. Ela está aqui internada por desmaiou repentinamente.
Pai: Oh meu deus! Vou já para aí!
Livro 2 – Jane
Quando abri os olhos completamente, tinha o quarto cheio de flores de todas as cores e tipos: papoilas, tulipas, margaridas, rosas…enfim, uma quantidade muito variada.
Olhei para a porta e vi os meus pais e o meu irmão a chegarem à pressa ao meu quarto.
Mãe: Jane, oh meu deus! Estás bem, filha?
- Sim, mãe, estou óptima.
Pai: Mas, afinal o que aconteceu?
Médico: Os amigos disseram que ela veio a cambalear até ao campo e que, repentinamente, desmaiou.
Zeca: Assim, sem mais nem menos?
Médico: Sim. Estamos à espera dos exames para sabermos o que aconteceu realmente.
Enfermeira: Senhor, os exames chegaram.
Médico: Ah, finalmente. Vamos lá ver o que te aconteceu.
Mãe: Então, o que aconteceu para ela desmaiar?
Médico: Ela tem a pressão muito baixa.
Enfermeira: Mas ela já bebeu um copo de água com açúcar. Aliás, bebeu dois! Por isso, acho que vai ficar bem.
Pois foi. Mais valia eu ter ficado em Paris do que ter voltado para o Japão e ir parar ao Hospital.

sábado, 2 de julho de 2011

Nova página

Estou aqui para vos informar que, caso ainda não tenham reparado, criei uma página nova, que conte´m todos os capítulos da fic "a história".
Criei esta página para as pessoas que não tiveram oportunidade de lar todos os capítulos e para aquelas que gostaram da fic e que gostariam de a ler toda de novo.

Kisses
Adriana

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"a história" - último capítulo (18º)

Último capítulo (18º) – “Unidos para sempre”

Livro 1 – Patty
- Sofia, filha, anda cá!
Sofia: Já bou, mamã!
- Despacha-te! Já estamos atrasados para o casamento do Bruce e ainda por cima somos padrinhos da Yoshiko!
Passaram 11 anos desde a “white party”. Agora tenho 26 anos, tal como o Oliver, o Benji, o Bruce e a Numi. A Yoshiko tem 25.
Tive duas filhas: aos 20, tive a Sofia, e aos 22 tive a Laura. Decidi dar o nome à minha última filha o nome da tia paterna. Por falar nela, ela chega hoje de Espanha para vir ao casamento do Bruce.
“ding dong” – Oliver, vai abrir, deve ser a tua irmã!
O Oliver desceu as escadas na brincadeira com a Laura Júnior (Jnr.) – está bem, eu vou lá.
Quando o Oliver abriu a porta, viu-se uma rapariga alta e bonita, com um vestido curto vermelho e, atrás dela, via-se uma menina curiosa de 5 anos e com um vestido rosa encantador.
Oliver: Joana, vem cá ao tio!
Joana: Tio Oliver! Quantax xaudadex!
- Olá Laura!
Laura: Olá! Então, onde estão as minhas sobrinhas favoritas?
Laura e Sofia: Estamos aqui!
Laura: Ah, venham cá dar um abraço à tia!
- Sim, mas despachem-se porque já estamos atrasados!
Laura: Pois…
Oliver: Vou buscar o carro.
- Mas, Oliver, nós não cabemos todos no nosso carro.
Laura: Não se preocupem. Eu trouxe o meu carro.
Joana: Mamã, posso ir com a tia Patty?
Laura: Está bem. Mas depois, quando voltarmos, vêm as primas no nosso carro. Está bem?
Joana: Ok.
Sofia: Mamã, podemos?
- Sim, podem, mas vamos!
No casamento:
Bruce: Ai, ai, ela nunca mais vem! Será que desistiu? Estou tão nervoso!
- Calma, Bruce, ela não desistiu! Sabes perfeitamente que é habitual as noivas chegarem atrasadas!
Bruce: Sim, mas – de repente ouve-se o som da entrada da noiva – ai, ai, é agora!
A Yoshiko vinha com um lindo vestido branco, sem alças, e com um véu comprido transparente. Assim que chegou ao pé do Bruce, sussurrou-lhe ao ouvido: para sempre juntos.
Padre: Hoje estamos aqui para celebrar a união entre duas pessoas. O casamento é um sentimento de amor, alegria e apoio mútuo. Bruce Ishizaki, aceita Yoshiko Marmad como sua mulher, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença?
Bruce: Sim, aceito.
Padre: Yoshiko Marmad, aceita Bruce Ishizaki como seu marido, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença?
Yoshiko: Sim, aceito.
Padre: Declaro-vos, então, marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Bruce: Oh meu amorzinho, vem cá ao paizinho – e beijou-a.
Benji: Pessoal, para festejar, vamos lá fora e vamos bombar!
Bruce: Bora lá bordar!
Todos: Bombar!
Bruce: Ou isso!
Eu quero amar-te
Amar-te
Nunca te vou parar de amar
Tu és a minha vida
Eu vou-te sempre amar
E tu
Vais-me amar?
Tenho a certeza que sim
Pois eu amo-te
E tu a mim
Os versos da música “amor da minha vida” do novo álbum dos The AVON: Amar depois de amar-te.
A banda voltou a “bombar”;
As famílias cresceram;
Reencontraram-se os amigos;
E tudo acabou bem.
THE END – O FIM

"a história" - 17º (penúltimo)

Penúltimo capítulo (17º) – “The white party: a festa das revelações e reencontros”
Parte I
Livro 1 – Patty
Eu tinha prometido à Numi que iria à festa e é isso que eu vou fazer. Não me vou importar se o Oliver e a Sanae lá estão. Esta noite vai ser minha.
Quando cheguei à festa, por volta das 21h15, aquilo já estava bastante animado. Já tinha chegado muita gente e a música era contagiante.
Pousei a mala, coisa que anda sempre comigo, e fui para a pista de dança. Tentei ver se a Numi aparecia, mas sem sucesso. Comecei a dançar. A uma certa altura, já só estava eu a dançar e todos os outros estavam a olhar para mim. Aquilo sabia mesmo bem.
Quando finalmente parei de dançar, estava vermelha que nem um tomate. A minha respiração estava irregular e o meu coração batia freneticamente. Mas não fora só por causa de ter estado a dançar intensivamente. Também foi porque avistei o Oliver ao longe. E o pior: do lado oposto, estava o Mark. Pode não parecer um problema. Afinal, eles estavam em lados opostos. Mas estavam ambos a dirigirem-se para mim.
O Mark estava quase a chegar ao pé de mim quando vejo o Oliver a ser puxado pelo braço pela Sanae – anda, Oliver, vamos dançar! – disse ela. Restava-me falar primeiro com o Mark.
- Mark, precisamos de falar.
Mark: Sim, pois precisamos. Mas começa tu primeiro.
- Acredita, isto não é nada fácil.
Mark: Diz lá.
-Ora bem, aqui vai: isto não está a funcionar entre nós. Não existe a química necessária para sermos um casal de verdade.
Mark: Concordo.
- Eu sei que sim. Estamos a precisar de mudar de ares. Eu vou à minha vida e tu vais à tua. Que tal ires ter com a Gabriela? Ela parece tão só!
Mark: A Gabriela?
- Sim, a Gabriela. Ou pensas que eu não reparei que andas de olhos nela. Se tu gostas dela, vai falar com ela.
Mark: A sério, não te importas?
- Porque me havia de importar? Já não existe nada entre nós. Aliás, acho que nunca existiu…
Mark: Pois. Tu ainda estás muito ligada ao Oliver e a minha vida é o futebol.
- Não te esqueças de dizer isso à Gabriela quando a pedires em namoro!
Mark: Que piadinha. Adeus. Vemo-nos mais logo?
-Ya. Ah, e também quero ser a tua madrinha de casamento! Tenho a certeza que a Gabriela irá organizar uma cerimónia muito bonita.
Mark: Logo se vê. Bem, vou falar com ela.
- Sim, fazes bem. Amigos?
Mark: Para sempre. Já agora, exijo ser teu padrinho de casamento. De certeza que o Oliver vai escolher um bolo em forma de bola-de-futebol!
- Pois, pois. Vai-te rindo, vai.
Mark: Ok, ok. Xau!
- Xau! – e afastou-se.
Quando me virei, vi o Oliver e a Sanae a afastarem-se. Deveriam conversar a sós. Decidi segui-los. Eu sei que não é coisa que se faça, mas eu precisava de saber se o Oliver ainda gostava de mim ou não.
Dirigiram-se para a fonte e o Oliver começou a falar.
Oliver: Sanae, isto é sério.
Sanae: Sim, mas não podia ficar para amanhã? A festa está tão divertida! Bora voltar para lá!
Oliver: Não, Sanae, já chega! Eu já adiei este assunto muito tempo e não posso esperar mais!
Sanae: Credo, Oliver, nunca te vi assim. Afinal, que se passa assim tão importante para estares nesse estado?
Oliver: Somos nós.
Sanae: Nós?
Oliver: Sim, nós.
Sanae: O que se passa? Nós estamos bem…não estamos?
Oliver: Não, Sanae. Não estamos.
Sanae: O quê?!
Oliver: Mas será possível que tu ainda não percebeste?! Nós não fomos feitos um para outro!
Sanae: Mas, Oliver! E a nossa antiga história? O nosso amor era tão bonito! Já te esqueces-te?
Oliver: Não, não me esqueci, mas isso é passado! Ouviste?! PASSADO!
Sanae: Mas, Oliver…
Oliver: Já chega! Isto não funciona mais, e tu sabes perfeitamente porquê.
Sanae: Sei? Porquê?
Oliver: Não te faças de parva! Tu sabes perfeitamente que eu ainda gosto da Patrícia!
Sanae: Ainda?! Então porque te juntas-te comigo?
Oliver: Porque tu me ofereces-te o teu ombro quando eu e ela acabámos. Fizeste de propósito!
Sanae: O quê?! Achas que fui eu a culpada da vossa separação?! Não achas que já estás a abusar?!
Oliver: Não, não acho que foste tu. Mas tenho a certeza que tu foste a primeira a dar-me o teu ombro porque me querias de novo para ti. E eu caí nas tuas manhas!
Sanae: Olha, eu não te vou mentir: eu fui a primeira a dar-te um ombro porque queria que a Patty sofresse como eu sofri – começou a chorar – quando te perdi! Tu achas-te logo um ombro! ELA!
Comecei a chorar. Não era eu que estava a ter aquela conversa mas sentia-me como se fosse eu que estivesse no lugar da Sanae.
Saí do meu esconderijo e comecei a gritar para o Oliver: se ainda gostavas de mim, porque nunca me procuras-te? Explica-te!
Oliver: Patty, eu…eu estava com medo que tu já não gostasses de mim.
- Oliver, isso é impossível! Eu amo-te, sempre te amei e sempre te vou amar! Para o resto da vida!
Oliver: Patty, eu… - num impulso, comecei a correr na sua direcção e ele fez o mesmo. Assim que os nossos corpos se encontraram, demos um beijo intenso. Os nossos lábios estavam sincronizados. Afinal, já tinha-mos prática (LOL)!
Quando o nosso beijo acabou, nós abraçamo-nos. A minha cara ficou virada para a Sanae, que estava lavada em lágrimas e que desatou a correr dali para fora. Eu sabia bem o que ela estava a sentir.

Parte II
Quando nos viram entrar na festa abraçados e todos carinhosos um para o outro, o Bruce e o Benji começaram logo a mandar bocas.
Bruce: Bem, parece que a princesa não consegue ficar longe do sapo.
Benji: E o sapo não consegue ficar longe da sua donzela.
- Vocês têm tanta piada…
Oliver: …que nós até nos esquecemos de rir.
Bruce: Oh, isso não vale! Essa é minha!
Yoshiko: Finalmente! Estava a ver que vocês nunca mais percebiam que foram feitos um para o outro!
Bruce: Olha outra a querer imitar-me…
Yoshiko: Bruce Ishizaki, olha lá a maneira com que tu falas comigo!
Bruce: Desculpa amorzinho.
Yoshiko: Estás desculpado – e deu-lhe um beijo no nariz.
Numi: Ok, pessoal, bora lá aproveitar a festa que eu tive muito trabalho em organizá-la!
Patty: Claro! Esta “White Party” foi a melhor coisa que tu podias ter feito na tua vida!
Oliver: Pois claro que foi! Foi esta festa que nos juntou por isso só temos que te agradecer, Numi.
Benji: Então se querem agradecer aqui á minha musa, bora cantar umas músicas dos AVON?
Oliver: E voltar aos velhos tempos?
- Acho uma óptima ideia.
Bruce: Então bora lá bordar!
Yoshiko: Bruce, diz-me “bombar”.
Bruce: Ou isso.
Aquela festa foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. E tudo graças à Numi. Acho que a melhor coisa a fazer é pegar nas guitarras e nos microfones e voltar a bordar! Desculpem…bombar!

"todos juntos" - 9º

Capítulo 9 – “Os melhores 15 minutos da minha vida”
Livro 2 – Jane
Depois de me ter chateado com o Phillip, fui para o parque pensar na minha vida. Afinal, gostava do Pierre ou do Phillip? Se calhar gostava do Pierre. Ou do Phillip. Provavelmente gostava dos dois. Mas eu tinha de fazer uma escolha: o Pierre ou o Phillip. É óbvio que a minha escolha foi o Pierre, pois o Phillip estava, digamos, “reservado” pela minha melhor amiga. Reservado para o resto da vida.
Quando cheguei a casa, disse logo para o meu pai: lamento informar-te mas amanhã bem cedo vou voltar para Paris.
Pai: O quê?! Nem penses! Nem eu nem a tua mãe vamos permitir!
- Tenho a certeza que a mãe me vai apoiar.
Assim que fiz a minha proposta à minha mãe, ela respondeu de imediato: mas é que nem pensar!
Fiquei triste. Pensei que a minha mãe me apoiaria, mas não o fez.
Tranquei-me no quarto. Nem sequer almocei. Estava tão frustrada e ao mesmo tempo desesperada que nem sequer me passou pela cabeça em comer alguma coisa. Estava realmente triste, mas ao mesmo tempo alegre, pois sabia que, em Paris, ele estava à minha espera. Só teria de esperar uns malditos 15 dias para regressar a Paris e reencontrá-lo. Enquanto isso não acontecia, tinha de preparar o meu “discurso” onde eu lhe confessaria os meus sentimentos por ele e ele me diria se sentia o mesmo ou não por mim.
Estive duas horas no quarto sem falar com ninguém. Por muito incrível que seja, até o meu irmão foi bater à porta do meu quarto perguntar se eu estava bem. Como óbvio, eu disse que sim mas que me apetecia estar um pouco sozinha. Cada vez que dizia ou pensava em alguma coisa, lembrava-me dele. Esta era, realmente, a pior visita ao meu país da minha vida!
Decidi fazer uma coisa que, depois de a fazer, sabia que ia ficar de castigo para o resto da minha vida: ir para Paris sem que os meus pais soubessem.
No dia seguinte, de manhã, levantei-me ainda nem eram 7 da manhã. Desci as escadas e fui até à cozinha. Qual foi a minha surpresa que o meu irmão já estava levantado – já? – perguntei.
Zeca: Pois, deves estar muito admirada. Mas como eu sabia que irias tentar fazer tal coisa, decidi tomar uma decisão.
- Que foi…?
Zeca: Decidi…apoiar-te. Eu sei o que é cometer loucuras por amor.
- Ai sabes?
Zeca: Sim, sei. E tu nem imaginas quanto. Por exemplo, uma vez, estava tão apaixonado por uma rapariga que cheguei a tirar dinheiro ao pai para lhe comprar uma prenda, que, a primeira coisa que a tal rapariga lhe fez, assim que se viu livre de mim, foi pô-la no lixo. Acredita, nunca mais fiz tal coisa!
- Deixa-me adivinhar: o pai descobriu e pôs-te de castigo.
Zeca: Sim. Como sabes?
- Fui eu que lhe contei.
Zeca: O quê?! Oh, tu já vais ver! – de repente ouve-se uns barulhos vindos do andar de cima.
- Pára! Os pais vão acordar! Tenho de me despachar!
Zeca: Tens o bilhete?
- Sim, tenho.
Zeca: E as chaves de casa de Paris?
- Também. Deseja-me sorte.
Zeca: Toda a sorte do mundo. Principalmente porque vai ser ÓPTIMO não ter-te aqui durante uns dias.
- Obrigadinha pela parte que me toca.
Zeca: Mas a sério, desejo-te muita sorte.
Já estava dentro do avião quando comecei a pensar: nunca pensei que o meu irmão fosse tão atencioso comigo. Costuma-mos andar sempre às turras!
Quando o avião aterrou na pista de Paris, senti-me muito alegre. Não queria saber se iria ficar de castigo, mas valia a pena para estar com ele, nem que fosse só um minuto.
Quando cheguei ao pé da Torre Eiffel, ele estava a treinar o seu cão.
- Esse cão é muito giro – disse. Ele fez uma cara surpresa mas ao mesmo tempo contente.
Pierre: Jane? Só esperava ver-te daqui a 15 dias! Que boa surpresa!
- Pois…mas eu não consigo ficar longe de ti, Pierre. Eu amo-te com todo o meu coração. Mas tu não sentes o mesmo por mim…
Pierre: Isso é mentira. Eu amo-te tanto! Tu és LINDA! Não sei o que faria sem ti – e beijou-me.
- Pierre…estou…UAU!
Pierre: Ainda bem. Mas, conta-me. Como conseguiste regressar tão depressa? E onde está o teu irmão? Preciso de falar com ele. Acreditas? Eu conheci-o na tarde em que foram embora.
- O meu irmão…ele não está cá.
Pierre: Então, onde está?
- Eu vim sozinha…do Japão…para cá.
Pierre: Só para me veres?
- Sim. Eu não consegui ficar mais tempo longe de ti. E mais uma coisa: os meus pais não sabem que eu aqui estou.
Pierre: Não contas-te aos teus pais? Eles devem estar muito preocupados!
- Não. A minha mãe confia em mim e o meu pai, digamos…confia na minha mãe. E o meu irmão ficou de arranjar algo para os distrair.
Pierre: Jane, eu amo-te muito, mas eu acho que isto foi muito mau! Vamos já voltar ao aeroporto e tu vais voltar para o Japão.
- Mas como? O aeroporto fica daqui a 15 minutos e o próximo avião parte daqui a 10!
Pierre: Não te preocupes – e assobia – Sean! Vem cá lindo!
Aparece o belo cavalo de Pierre que, com um impulso, me puxa para cima dele – vamos Sean – disse.
Chega-mos ao aeroporto em 5 minutos. Estava para entrar no avião quando ele me diz: não te preocupes. Eu espero por ti.
- Mas, Pierre…
Pierre: O tempo que for necessário – beijou-me. Aqueles doces lábios carnudos fizeram repensar em todas as asneiras que tinha feito: pensar que ainda gostava do Phillip?! Que disparate! O Phillip é passado e o Pierre presente, e nada demais!
Aqueles 15 minutos antes da partida do avião foram os melhores da minha vida. Os seus olhos azul-turquesa fixavam os meus, num tom sereno e agradável. O nosso amor superava qualquer barreira…mesmo a distância…