Penúltimo (17º) – “Partida”
PARTE I
Livro
2 – Jane
Os meus pensamentos eram sempre
sobre ele.
Não conseguia deixar de pensar no
Pierre, e fiquei muito feliz quando os meus pais me anunciaram que
regressaríamos para França. Disseram que eu tinha de me despedir dos meus
amigos.
Incluindo da minha suposta
melhor-amiga.
Ela ainda era a minha melhor
amiga? Não, acho que não. Se ela tinha razão de eu ainda gostar do Phillip? No
momento da pergunta, sim, tinha, eu ainda sentia alguma coisa por ele. Mas
desde que me juntei com o Pierre, todas as paixões e desilusões passadas foram
esquecidas, incluindo o Phillip. Mas eu gostava muito da amizade dela, e não me
queria ir embora sem falar com ela. Foi preciso muita coragem da minha parte,
mas lá consegui arranjar forças para ir até casa dela e pedir-lhe desculpas
pela minha atitude completamente infantil.
Toquei à campainha e a irmã dela
abriu-me a porta.
- Olá – Disse – A Beatriz está?
Preciso de falar com ela.
- Sim, ela está – Disse a
Carolina – Mas não é a melhor altura. Ela precisa descansar.
Ela já devia saber das minhas
desavenças com a Bia, mas também não era ela que me iria impedir de recuperar a
minha melhor amiga.
- Olha – Disse – Provavelmente,
tu já deves saber da minha discussão com a tua irmã, mas eu preciso mesmo de
falar com ela. Amanhã regresso a França e preciso de limpar a enorme borrada
que fiz, não posso partir sem saber que a Bia continua a minha melhor-amiga.
Nós nunca devíamos ter discutido por causa de um rapaz. As grandes amizades
superam essas coisas. Por isso, peço-te: deixa-me entrar.
Ela pareceu
surpreendida com o meu discurso. Tomara, até eu estava surpreendida. Não
planeei nada, as palavras foram simplesmente saindo da minha boca, mas acho que
disse a coisa certa porque ela deixou-me entrar. Indicou-me o quarto da irmã e
eu subi. Bati à porta; ela pensou que era a irmã porque disse para eu entrar e
ficou estupefacta quando me viu.
- Eu não quero
falar contigo – Disse Beatriz – Sai.
- Bia, nós temos
de falar – Disse – Por favor, ouve-me. Em nome de todos os bons momentos que
passamos juntas, ouve-me.
Ela deixou-me
falar, e à medida que eu dizia tudo o que ia na minha mente, um pequeno sorriso
apareceu na sua face.
- Bia, ouve, eu
sei que nós estamos chateadas, mas, sinceramente, chateadas por causa de um
rapaz? As melhores-amigas não se chateiam por causa de um rapaz, nem que fosse
um Leonardo diCaprio versão juvenil. Nós somos amigas, e eu sinto-me
arrependida pela maneira como te tratei. Não devia ter ficado chateada por tu
namorares com o Phillip; eu e ele nunca tivemos nada, mas, naquela altura,
chateou-me um pouco o facto de ele gostar de outra pessoa para além de mim. Tu
deves estar furiosa comigo, mas deves saber que eu já não gosto dele. Eu
encontrei o meu príncipe encantado, que está em França. E é para ele que eu vou
voltar amanhã.
- Amanhã
regressas a França? – Perguntou.
- Sim, Bia,
regresso. E não me quero ir embora sem saber que nós somos amigas outra vez e
que a nossa amizade continua tão forte como antes.
Uma lágrima
escorreu-lhe do olho, e eu tive de me conter para não desatar a chorar e
ajoelhar-me a pedir-lhe perdão.
- Oh, Jane, isto
nunca devia ter acontecido, sinto tanto a tua falta! – Disse ela por entre
lágrimas, abraçamo-nos enquanto pedíamos desculpas uma à outra.
- Por favor –
Pedi – Nunca mais me deixes. Sinto-me completamente só sem a tua amizade.
- Nunca mais nos
vamos separar. A nossa amizade supera todas as dificuldades.
Olhamo-nos e
abraçamo-nos outra vez. Depois começamos a rir-nos das nossas figuras de
parvas. Ficamos a tarde toda juntas a relembrar as nossas parvoíces e
aventuras, a maneira como nos tínhamos encoberto uma à outra quando queríamos
sair de casa e os nossos pais não deixavam. Passamos uma tarde como duas
melhores-amigas devem passar.
Eram seis e meia
quando alguém bateu à porta e Beatriz foi abrir. Era Phillip, estava todo
contente, mas quando me viu sentada no chão, a sua face ganhou uma expressão de
tristeza.
- Phillip – Disse
Bia – Eu e a Jane, voltamos a ser amigas.
Eu levantei-me, peguei na minha
mala e dirigi-me à porta. Mas, antes de sair, disse:
- Phillip, o que
aconteceu entre nós é passado. Tu e a Bia é presente. Por isso, vê se
aproveitas. Conto contigo para tomares conta dela.
- Claro – Disse
Phillip, abraçando-se a Beatriz – Eu vou tomar bem conta dela. Prometo.
Esbocei um
sorriso e regressei a casa. Fiz a minha mala e depois fui jantar. Antes de me
deitar, olhei uma última vez para a noite do Japão. As ruas estavam iluminadas,
eu iria sentir falta daquilo, mas estava mesmo a precisar de me afastar durante
uns tempos daquele sítio. Deitei-me e adormeci.
Na manhã
seguinte, acordei bem cedo. Tomei o pequeno-almoço com o meu irmão, já que os
meus pais se tinham levantado há já algum tempo e já tinham tomado o pequeno-almoço.
Ele esboçou um sorriso e comentou que estava ansioso para sair dali. Eu
concordei com ele.
Chama-mos um táxi
e fomos em direção ao aeroporto. Quando lá chegamos, os meus amigos estavam à
minha espera, incluindo Beatriz e Phillip. Despedi-me de todos uma última vez e
embarquei. Mal podia esperar para regressar aos braços do meu príncipe francês.
PARTE II
Livro 4 – Numi
Tinha seringas
espetadas em todo o meu corpo, mas já me tinha habituado a isso. Até já nem me
doía. Mas ela ia pagar-me, por me ter roubado o namorado e por me ter posto
naquele lugar horrendo. Tinha observado as enfermeiras durante um tempo, e
percebi que uma delas tinha um carro. Consegui descobrir onde ela guardava a
chave. Sendo assim, durante a hora de almoço, desliguei todos os aparelhos que
tinha ligados a mim, tirei todas as seringas e levantei-me. Ao início, senti-me
um pouco zonza, mas consegui manter o equilíbrio. Abri o pequeno armário que
havia no meu quarto e de lá retirei a minha mala. Vesti-me e fui até à ala dos
funcionários. Encontrei facilmente a chave do tal carro e consegui sair da
clínica sem que ninguém me visse. Encontrei o carro; abri a porta e meti-me
dentro dele. Liguei o motor, e antes que alguém desse pela minha falta, já eu
ia muito longe. Através das placas na estrada, consegui descobrir o caminho que
me levaria de novo a minha casa. Para ser mais rápida, optei pela autoestrada.
Num certo momento, aparece-me à frente uma ninhada de gatos. Tentei travar, mas
já não fui a tempo. O carro descapotou e foi bater contra outro que ia no
sentido contrário, do outro lado da estrada. Eu estava muito ferida, tinha
muitos cortes, mas quando comecei a ouvir um ‘pi-pi-pi’, soube que era o meu
fim.
Roguei tantas
pragas à Snizhana e desejei que ela nunca tivesse aparecido na minha vida.
Segundos depois,
o carro ficou em chamas e o motor explodiu.
Adorei é pena ja ser o penultimo pra proxima e o ultimo :(.........ainda bem que a jane e a bia fizeram as pazes:D, ja a numia teve um final um pouco (pouco nao muito) mau morrer assim de acidente mas por o menos nao vai atromentar a vida da snizhana nem do benji (minha personagem perferida desde o primeiro episodio e todo bom...eu ja me estou esticando,a tua personagem perferida e o tobi?tambem gosto muito dele)
ResponderEliminarBYE BYE Melanie