23 FEVEREIRO 2011
#4YearsOfMyAnimesDiary

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fic "One Shoot" - Episódio 3: "A guerra dos casamentos"


FanFic “One Shoot” – Episódio 3: “A guerra dos casamentos”
        Estava no meu quarto a ouvir música quando a minha mãe me chama. Desliguei o MP3 e fui até à cozinha.
        - O que se passa? – Perguntei.
        - Uma catástrofe, é isso que se passa – Respondeu a minha mãe – Fomos convidados para dois casamentos.
        - E qual é o problema?
        - São os dois no mesmo dia!
        Ok, isso era capaz de ser um problema. Os dois casamentos eram de duas das minhas quatro tias maternas: a tia Alice e a tia Graça. Elas nunca se deram bem, estavam sempre às turras uma com a outra, segundo o que a minha mãe me contou. Discutiam por tudo e por nada, por bonecas, livros ou até mesmo pela atenção da mãe. Eram gémeas falsas, notava-se bem porque elas até nem eram muito parecidas. A tia Alice era loira de cabelos compridos e a tia Graça morena de cabelos curtos. Apenas os olhos eram da mesma cor: castanhos.
        Mesmo assim, achei estranho elas casarem-se ambas no mesmo dia. Quero dizer, elas eram muito competitivas, mas utilizarem o seu próprio casamento, que deve ser o momento mais feliz da vida de uma mulher, para ver quem ganha a competição, já é exagerar.
        - Mãe, eu vou à igreja falar com o padre – Disse – Ele deve saber algo sobre esta história.
        - Sim, minha filha, vai lá – Disse a minha mãe.
        Fui até à igreja e facilmente encontrei o padre António, que me explicou que ambas tentaram marcar o casamento no mesmo dia naquela igreja, e que se envolveram numa guerra verbal e que quem acabou por vencer foi a tia Alice. Por conseguinte, a tia Graça marcou o seu casamento na igreja do município ao lado, e no mesmo dia. Elas queriam provar uma á outra quem era a melhor, e quem tivesse mais convidados no seu casamento, vencia.
        De regresso a casa, encontrei a minha mãe aos berros com a tia Alice e a tia Graça. Pelos vistos, elas tinham ido lá a casa tentar convencer a minha mãe a ir a só um dos casamentos, mas os argumentos delas não estavam a funcionar com a minha mãe. Ela queria ir a ambos os casamentos, e estava a tentar convencer a tia Graça a mudar a data do seu casamento, mas ela recusava-se. Se mudasse a data, seria como ser derrotada pela irmã. E isso nunca.
        Ou seja, os casamentos continuaram ambos marcados para o mesmo dia.
        Chegado o tão esperado dia, a minha mãe estava uma pilha de nervos. Tinha arranjado uma maneira de estar em ambos os casamentos: de manhã, ficava com a tia Alice e almoçava com ela; à tarde, ia para o casamento da tia Graça. E eu? Bem, eu preferi ficar em casa. Não sou muito dada a festas, e não estava com paciência nenhuma de andar de um lado para outro entre os dois casamentos. Por isso, inventei que estava doente e consegui convencer a minha mãe a deixar-me ficar em casa. Assim que os meus pais saíram, levantei-me da cama e liguei o rádio aos altos berros, já os meus pais iam longe. Para o almoço, encomendei uma pizza gigante e sentei-me no sofá. À tarde, fui ao cinema com as minhas amigas. Já eram oito e meia quando regressei a casa. Os meus pais ainda não tinham chegado, por isso, fiquei a ver televisão. Assim que ouvi o carro deles a aproximar-se, desliguei a televisão e enfiei-me na cama, fingindo estar a dormir. Apesar de não gostar de festas, estava mortinha por saber como tinham sido os casamentos. Mas isso teria de esperar para o dia seguinte, quando eu pudesse dizer aos meus pais que me sentia melhor e que já podia falar sem vomitar a cada cinco minutos. 

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